sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

IGREJAS DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO


CRISTO REDENTOR

Inaugurado em 12 de outubro de 1931, não poderia estar em melhor lugar, no alto do Corcovado, a abençoar esta maravilhosa terra, num gesto como que a dizer: este solo é abençoado, acolhedor, católico, rico e belo; aos nossos: amem-no; aos estrangeiros: conheçam-no.   
A iluminação foi feita, naquela data, diretamente, de Roma, por Guglielmo Marconi.


Acrescentarei, em algumas fotos, detalhes a fim de sentirmos modificações externa a pessoas, sem demérito às que ficarem só nas fotos. À semelhança de quem se acha diante das ondas revoltas do Atlântico, que trouxe a Cruz de Cristo, vendo as ondas maiores e menores se mesclarem e, a seguir, espraiarem-se deixando só beleza, com exceção de Cristo e de São Sebastião, por ser o Padroeiro de nosso Rio de Janeiro, a sequência não traduz importância. Para nós, cristãos, todas têm importância igual.                                                      

Matriz de São Sebastião de Haddock Lobo


Tem este titulo desde 6/6/47, e estilo bizantino modernizado. As sete imagens da fachada: ao centro São Sebastião, lateralmente, à direita Nossa Senhora, São Pedro e Santo Antônio e à esquerda: São José, São Paulo e São Francisco.

 Há uma crença de que, a cada primeira sexta-feira do Ano, a Bênção dos Capuchinhos dá Sorte.    
No ano de 1962, quando no dia 20 de janeiro,  houve a instalação da Comissão que iria construir o Monumento a São Sebastião, Frei Jacinto de Palazzolo, Superior da Ordem dos Capuchinhos, e eu tornamo-nos amigos e, uns três anos depois, houve estreitamento da  amizade.



A foto abaixo, mostra a matriz vista pela parte póstero-lateral esquerda. Ao fundo, vê-se o morro do Turano e, mais atrás, à sua esquerda o Sumaré, residência do Emo. Sr. Cardeal.
Reprodução de foto do frei Gregório Albo.






                                   Parte interior da Igreja, com o altar-mor    provisório
  
  

  
A 7 / 12/ 1960, dois dias depois de sua posse, o Exmo. Sr. Carlos Lacerda, primeiro governador eleito do Estado da Guanabara, visitou esta Igreja e suas preciosidades históricas – a imagem trazida pelo fundador do Rio de Janeiro, Estácio de Sá, seus restos mortais,  o marco de granito e a lápide que cobrira os restos mortais de Estácio. Foi retirado o Santíssimo para que S. Exa. pudesse, do Altar-mor, se dirigir aos presentes.
Frei Vital de Santa Teresa é visto na foto de minha autoria.     


Convento e Igreja dos Jesuítas – uma das primeiras construções iniciadas com a Cidade, em março de 1567, no morro do Castelo (arrasado em 1922 para as festas comemorativas do Centenário da Independência do Brasil).




                             IGREJA DE SÃO SEBASTIÃO

 No morro do Castelo, entregue aos Capuchinhos em 1842. Iniciada  em 1567  e  terminada  em  1583.




Último ato litúrgico, a 1 / 11 / 1921, no interior da Igreja de São Sebastião, do Castelo. A 20 de Janeiro de 1922, trasladando as relíquias históricas, os Capuchinhos iriam deixar o morro.


Altar-mor da Igreja de São Sebastião, no morro do Castelo.


Igreja de São Sebastião, no morro do Castelo, em seus últimos dias, vendo-se, ainda, o marco da Cidade. Foto do fotógrafo Augusto Malta.
Com o prefeito  Carlos Sampaio à frente, o desmonte do Morro do Castelo seria feito para que, na esplanada resultante, fossem levantados os edifícios dos pomposos Pavilhões.


O Superior da Ordem dos Capuchinhos, Frei Eugênio, cercado de autoridades e pessoas de representação, no instante do levantamento da lápide tumular, na Igreja de São Sebastião, em 1922.



  As relíquias históricas da Cidade Foram entregues aos Capuchinhos em 1842
Imagem e o marco que foram trazidos por Estácio de Sá. A lápide é a que na foto anterior estava sendo removida. Fora mandada fazer por Salvador Correia de Sá, seu sobrinho. Por último os restos mortais do Fundador.
A Imagem que serviu de modelo  para a construção do Monumento é a que estivera na entrada da Ilustríssima Câmara, cujo edifício foi demolido para a abertura da Av. Pres. Vargas.



Gruta N. Sra. de Lourdes, nos fundos da Igreja, inaugurada em 7 de setembro de 1886, em foto de 1915.
                                                 


O Adeus às festas de São Sebastião, no morro do Castelo. Esta foi a despedida em 20 de janeiro de 1922. A Igreja seria demolida.




A tradicional Imagem de São Sebastião (vinda da Itália em 1868), num inesquecível cortejo, com Frei Jacinto de Palazzolo à frente, é levada do morro do Castelo para a Tijuca.

Convento e Igreja provisórios, de 1922 a 1931, na rua Conde de Bonfim, esquina de Almirante Cochrane, enquanto era construída a Igreja de São Sebastião de Haddock Lobo.
Depois de sua saída o prédio ocupou a Agência dos Correios da Tijuca.   

Oficiais do Exército e da Marinha, no pátio da Capela provisória, na rua Conde de Bonfim esquina de Almirante Cocchrane, aguardavam o momento de conduzirem as relíquias à Igreja que ainda não estava concluída.   


Iniciada em 1928, a Igreja de São Sebastião foi inaugurada em 1931, quando da capela provisória para este templo foram trasladadas as relíquias históricas da Cidade


20 de janeiro de 1931
Festa de São Sebastião na Igreja dos Capuchinhos antes de sua inauguração que se verificou em 15 de agosto de 1931.
Reprodução de foto de Augusto Malta.


     
                                                                                                                                                                    O ex secretário-geral,  no dia 20  de Janeiro de 2000, entregava ao Pe. Sérgio Costa Couto, pároco da Igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro, e   representante do Cardeal D. Eugênio de Araujo Sales, o cetim, em azul e branco, costurado pela Melucha, que cobrira São Sebastião. Por certo para ser entregue ao Museu da Catedral.
              


                                             BATALHA  DAS  CANOAS                                       
Tela de Carlos Oswald, representando o momento em que São Sebastião colocava em fuga os franceses que aqui se encontravam aliados aos Tamoios. Essa tela estava esculpida, em baixo relevo, no verso do pedestal.


               Igreja de Santa Terezinha do Menino Jesus


       Localizada na rua Maris e Barrosquase defronte do Instituto de  Educação.




              IGREJA DA FUNDAÇÃO CASA SANTA IGNEZ

Fundada em 1914, na rua Mary Pessoa, nº 65, Gávea, ligada à Paróquia Nossa Senhora da Conceição, da Gávea.




Construção contígua à bela Igreja onde os partícipes dos eventos sociais se confraternizarem.

                                
          
No Consistório da tradicional Igreja da rua Uruguaiana, 77. foram realizadas todas as reuniões da Comissão que erigiu o Monumento ao Padroeiro do Rio de Janeiro, São Sebastião, de 1962 a 1965. Ao lado vemos, da direita para a esquerda, S. Eminência D. Jaime de Barros Câmara, uma valorosa professora cujo nome não me ocorre, o Gen. Jonas Correia Filho e Mal. Ângelo Mendes de Morais. Em pé o escrivão da Irmandade, Manoel Campos dos Santos








Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos





Em 20/01/1962, data consagrada a São Sebastião, do Rio de Janeiro, sob a presidência de Dom Jaime de Barros Câmara, em torno de uma extensa mesa, no Consistório - da Igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos - com a escada voltada para a rua Uruguaiana, estavam representantes das mais diversas instituições, civis, militares e eclesiásticas. O deputado Lopo Coelho representava o Governador do Estado da Guanabara (instalado no dia 21 de abril de 1960, exatamente quando foi inaugurada a nova Capital da República, em  Brasília). O frei Jacinto de Palazzolo, em nome dos Capuchinhos;  os desportistas Silvano Otavio Fernandes de Brito e o juiz (do TRT) Moacyr Ferreira da Silva representavam a Confederação Brasileira de Desportos (CBD) e o Tribunal Superior de Justiça Desportiva. O Clube Municipal se fazia presente pelos doutores Alberto Wolf Teixeira, Jorge Geraldo Siqueira de Moraes e Allah Baptista e o brigadeiro Gerardo Majella Bijos estava como presidente da Academia Brasileira de Medicina Militar. Na época, a entrada para o Consistório era feita na testada da rua. Depois do incêndio, a entrada é pela Praça Monte Castelo.




Matriz de São Francisco de Paula,  na Barra da Tijuca.

                     O saudoso amigo Prof. Alberto Lima me fez o precioso oferecimento




Foi solenemente inaugurada, no dia 16 de novembro de 1969, com a presença do governador Negrão de Lima.

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Matriz de São Francisco de Paula. Antecessores do brilhante e dinâmico Frei Dino: A começar pelos pioneiros, são dignos de registro os párocos que, juntos em períodos curtos ou que se sucederam, muito trabalharam pela sua comunidade. São: frei Paolo Morandi, padres Mário Zonca, Girolamo  Castiglione,      Anastasio de la Peña, Teodomiro Herreiros, Salvatore Battaglia, Vicente Carnevale, Constantino Mandarino, Giorgio Barone, Vicente Cruz Izquierdo, Saturnino Arto,  Carlos Gomez Saiz, Jaime Mediavilla, Pasquale Montanaro e Juan F. Ramirez Escobar. Da  Matriz, pelo crescimento populacional cristão, surgiram as Paróquias: Imaculada Conceição, no Recreio dos Bandeirantes, em 08 de dezembro de 1985; de Santo Agostinho, no Condomínio Novo Leblon, em 28 de julho de 1986; São Marcos, no Condomínio Barra Sul, em 28 de julho de 1987; São Pedro do Mar, no Terreirão – no Recreio, em 18 de fevereiro de 1987; Nossa Senhora da Vitória, no Condomínio Alfa Barra, em 25 de novembro de 1991, e Santo Antônio, na Península, na Av, Acácias 113,      inaugurada em  18 de junho de 2011, cujo pároco é o Pe. Joel Portella.     





novembro de 1991, e Santo Antônio, na Península, na Av, Acácias 113,      inaugurada em  18 de junho de 2011, cujo pároco é o Pe. Joel Portella, coadjuvado em muito pelo Frei Ignácio, um luminar orador.       
                                         
                                   FREI DINO MANDARINO
       
Em 15 de novembro de 1938, na Calábria, bela região da Península Itálica, entre os Mares Adriático e Tirreno, nasceu de um casal chamado Miguel e Filomena um robusto e  predestinado Menino, certamente num dia em que o Sol nascera mais brilhante, as flores mais viçosas e os pássaros mais cantantes.
Como a árvore que cresce, e suas raízes guardando proporções engrossam, depois de passar pelo seminário e ordenação, desempenhando  sua Missão Divina, chegou à Barra da Tijuca para gáudio de sua enorme população que encontra no Frei Dino, além do Bom Pastor o ótimo Amigo.





               Igreja Nossa Senhora da Glória do Outeiro
                                                        
Em 1671, por Antônio Caminha, foi construída a primitiva Capela. A segunda teve início em 1714 e, presumivelmente, foi concluída em 1739. A construção do novo templo foi iniciada em 1849. Estava entre as prediletas da Família Imperial, como prosseguimento da devoção de D, João VI.
Foi no púlpito desse majestoso Templo na festa de N. Sra. da Glória – 15 de agosto – que o grande Orador Sacro  fez seu último Sermão. Frei Francisco Montalverne, em 2 de dezembro de 1858 cerrou para sempre seus olhos, aos 74 anos. 



O quanto a tradicional Igreja, preferida da Família Real e, seguida, da Família Imperial, devido ao progresso ficou distanciada da Baía de Guanabara.

Monumento a Pedro Álvares Cabral, no largo da Glória, inaugurado em 3 de maio de 1900, no programa de festas comemorativas do IV Centenário do Descobrimento do Brasil. Após a celebração da missa campal, o presidente Campos Sales e o Representante de Portugal discursaram.
   O velho, mas tradicional Largo da Glória. Esta foto, desde o primeiro ao último plano, nos levaria a divagações históricas. A poucos metros do mercado – destruído por um incêndio em 1905 – o monumento a Cabral, inaugurado em 1900. no seu primitivo lugar.   


A bela  Igreja do Outeiro e o Monumento   a  Pedro Álvares Cabral  são pontos marcantes do tradicional bairro da Glória.


Nesse ano,  Sua Majestade a rainha  Elizabeth II da Inglaterra e o Príncipe consorte estiveram  no Estado da Guanabara.  No sábado,  10 de novembro,  a  Rainha   depois de um passeio, em carro aberto,  pelo Aterro do Flamengo, teve um programa do qual  fez  parte uma visita à Imperial  Irmandade de Nossa Senhora da Glória do Outeiro. Desde 3 de agosto de 1975 Melucha também é Irmã.


No acesso à Igreja da Glória,  uma senhora do povo se dirige à Rainha,  sob os olhares do  representante do Chanceler brasileiro.  Da esquerda para a direita são vistos o provedor da  Irmandade, publicitário e poeta Pedro de Alcântara Worms;  o capelão padre Feliciano Rodrigues do Nascimento;  um pouco atrás o doutor Luiz Edmundo D’Avila Paes,  diretor do Culto;  a seguir,  o doutor Mauro Viegas,  procurador;  e o vice-provedor doutor Sylvestre Gonçalves da Silva.   
Nessa ocasião tive oportunidade de trocar algumas palavras com Sua Majestade, que este ano (2011) completou 85 anos.

                                                                                                                      

A foto abaixo mostra o provedor Dr.Sylvestre Gonçalves da Silva da Irmandade Nossa Senhora da Glória do Outeiro entregando o diploma de Irmandade à minha esposa Melucha.

 
Rua Major Ávila, Tijuca. Iniciada em 1904, pelo redentorista Padre Francisco Lamaia com a ajuda da família do Barão de Bom Retiro, em cuja residência se hospedaram os redentoristas. Cedeu o terreno à filha do Barão de Bom Retiro, casada com o Barão de Itacuruçá.
De seu púlpito, durante muitos anos, o Padre. José Maria, que se tornara Sacerdote  depois de viúvo, brindava os fieis com suas pregações, tornando-se um dos maiores oradores sacros. 



     Igreja do Santíssimo Sacramento da Candelária – Nasceu de uma promessa  de um casal que navegava nas águas do Atlântico.
Várias  tentativas  dos franceses    foram feitas para se instalar nesta Cidade, e na de Duguay Trouin, em 1711, foram destruídos documentos embora se saiba que em 1634 a Capela existia. 
Esta bela Igreja da qual Melucha e eu somos Irmãos,  convidados   pelo   então provedor, saudoso Comendador Manuel Garcia Cruz, à época presidente da Associação das Casas luso-brasileiras, era sufocada antes da abertura da Av. Presidente Vargas. Até 1943 esteve encravada entre as ruas General Câmara e São Pedro com fundos para a rua da Quitanda e frente para a da Candelária


Panorama de uma parte do Rio de Janeiro, em foto do início do século retrasado, vendo-se o emaranhado de casas que foi demolido para a abertura da Av. Pres. Vargas.

 A abertura da Av. Presidente Vargas poder-se-ia dizer:     sinônimo de substituição arquitetônica. 


     Em foto que me foi oferecida pelo saudoso  professor Ariosto  Berna, da inauguração do primeiro trecho da Av. Presidente Vargas, em 10 / 02/ 1941, vemos  parte do Campo de Santana que seria cortado e, à direita, a parte da torre da Igreja de São Jorge.    


     Foram demolidas três Igrejas: São Pedro, Bom Jesus do Calvário e São      Domingos.                 
                  
                  A que está abaixo era a de São Pedro, uma das sacrificadas.

                                                                                                                                

Aparecendo à esquerda os edifícios da Central do Brasil e do Ministério
da  Guerra,  que  são da  década  de 1930,  temos  a visão da grande faixa
aberta no casario velho de muitos quarteirões  e  de  ruas estreitas:  A Av.
Presidente Vargas.  
                                                                                                                                   
  

Uma das árvores que foram derrubadas no Campo de Santana, com
machado, para a passagem de uma tal avenida. A motosserra é discutível. 



Igreja de São José, do Jardim Botânico, situada à margem da Lagoa Rodrigo de Freitas. Foi inaugurada, a 24 de maio de 1964, com missa solene celebrada por Sua Eminência o Cardeal Dom Jaime de Barros Câmara.


Igreja de Nossa Senhora de Bom Sucesso, contigua à Santa Casa da Misericórdia, cuja devoção vem de 1637, e seu interior, a par de sua riqueza histórica, do Altar à Virgem Padroeira, conta com os altares de N. S. de Nazaré,  N. S. da Cabeça, N. S. das Dores e S. Salvador. 
À direita, é visto o remanescente da  ladeira da Misericórdia, a  principal    das três ao morro  do  Castelo, arrasado  em  1922.


                      IV CENTENÁRIO  DO  MOSTEIRO  DE  SÃO  BENTO

Belíssima cerimônia foi a da comemoração de seus 400 anos, realizada no dia 30 de outubro de 1990, ocasião em que foi orador  o  frei  Antonio Kerginaldo Memoria. Contamos  com  o  CORAL  DA  COMUNIDADE  DO CBERJ, sob  a  regência  do  Maestro  Luiz  Viana, que em meio à sessão apresentou números, entre o Hino Nacional e Cidade Maravilhosa. Os frades dom Tadeu Lopes  e dom Mateus Rocha compareceram em nome desse extraordinário e vetusto Convento Igreja, cuja história se confunde com a da própria Cidade. Frei Kerginaldo era dotado de uma brilhante cultura que o colocava, igualmente, entre os mais admiráveis oradores. O frei Gaspar de Módica representava  S. Ema. o cardeal  dom Eugenio de Araujo Sales. O coronel João Severiano da Fonseca Hermes Neto, o coronel Ae. Jorge Abiganem Elael e os generais Flamarion Pinto de Campos e Chersoneso Galvão, além de serem do Instituto dos Centenários, representavam a Liga da Defesa Nacional.
          Vindos da Bahia, em 1586,  os  beneditinos  Pedro Ferraz e João Porcalho foram beneficiados com uma doação de terreno, por dois patrícios lusos que haviam acompanhado Estácio de Sá  a este trecho do trópico. Chamavam-se estes Manuel de Brito e Diogo de Brito Lacerda, seu filho. 
           Sob o  patronato de São Bento, seus seguidores haviam entrado em ação benemérita, com pleno apoio dos governantes e da população local, sempre entusiasta das grandes figuras da Igreja.
           Foi árdua  a  edificação dessa mansão do saber, sendo autor de seu projeto o engenheiro Francisco Frias de Mesquita. Iniciada propriamente em 1633 e, praticamente, terminada em 1641.
É um templo que merece ser visitado pelas suas maravilhosas obras de arte e não posso ficar sem consignar frei Bernardo de São Bento Correia de Sousa, frei Domingos da Conceição  da Silva e frei Ricardo do Pilar. Três varões tonsurados que merecem  a veneração de todos os que vêm tendo filhos educados num colégio modelar, não superado por quaisquer concorrentes no mundo didático.


  Igreja Nossa Senhora da Conceição, na Praça Jerusalém, Praia da Bica, na Ilha do Governador. Construída em 1816.



Igreja Santa Cruz dos Militares, na rua !º de Março – denominação recebida em 28 / 10 / 1811. Nesse lugar havia um pequeno forte mandado construir, em 1605, pelo Capitão mor Martim de Sá, governador do Rio de Janeiro; que em 1623 se achava totalmente arruinado. Oficiais e soldados da Guarnição do Rio de Janeiro pediram e alcançaram do Governador para ali edificarem uma capela, ode fossem sepultados. Concluída, em 1628, com a invocação de Santa Vera Cruz – os oficiais e soldados, seus proprietários se reuniram em Irmandade Religiosa. Nela, de 24 a 30 / 08 /1949 –Caxias esteve com a esposa antes de ser levado ao Panteão.
              Melucha e nossos queridos filhos são vistos na saída do templo, isto em 1959.


 Capela no interior do Colégio Militar, chamado Casa de Tomaz Coelho retratado numa herma no interior do Colégio.
Capela  N. Sra. das Graças, inaugurada, no dia 27 de novembro de 1949, quando presidente da República o general Eurico Gaspar Dutra, fervoroso católico.
Nessa Capela, em 30 de junho de 1967, meus sempre lembrados sogros doutor Dário e dona Adalzira Braga Noronha comemoraram cinquenta anos de uma exemplar vida conjugal, com a presença de todos os familiares e amigos, muitos vindos de Minas Gerais.   




Igreja Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, na Praça Edmundo Rego, no Grajaú. Bairro populoso que me traz boas recordações, porque nele moraram meus saudosos sogros, Dr. Dario e Sra. Adalzira Braga Noronha; meus cunhados Drs.  Dauro e Cely Noronha e Arnaldo José e Debb Noronha; meus filho e nora filha, Drs. Nylton e Maria Luísa Barros Fontes e sobrinhos Dr. Nilo Sérgio Maisonette Goulart e Profª Ângela Maria Noronha Goulart, estes dois com bons serviços a favor dos “Encontros de Casais”, coordenados pelo Tenplo. 




Igreja São Francisco de Paula, uma das iniciativas do Frei Antônio do Desterro, em 1754, por ser um grande devoto desse Santo. Instituiu um culto especial ao Patriarca, dando a denominação de Ordem dos Mínimos.
O Largo de São Francisco foi aberto no Governo de Gomes Freire de Andrade (1733-1763) com o nome de Largo da Sé. A pedra fundamental da pequena ermida se verificou em 1759, sendo substituída, a cargo do mestre Valentim, entre 1801 e 1813. Nela, em 1896, houve Missa de Corpo Presente por alma do Maestro Carlos Gomes.
O Monumento a José Bonifácio, o Patriarca da Independência, foi inaugurado em 1872, sendo o segundo na Cidade do Rio de Janeiro. O primeiro foi a de D. Pedro I, na Praça Tiradentes. 
O Largo de São Francisco, com o aumento da população e, obviamente, o progresso,  tornou-se um dos pontos mais movimentados da Cidade. Muitas linhas de bondes, dos mais variados bairros, nele faziam retorno.
À direita da Igreja ficava o famoso Parc Royal, uma das mais famosas lojas de modas da época,  destruído por violento incêndio em 1943.                        




CASAMENTO DE FUNDADORES DO INSTITUTO DOS CENTENÁRIOS, CELEBRADO NESTE TRADICIONAL TEMPLO.
     
Dentre os 106 fundadores, os dois mais jovens namorados, o estagiário de Direito Eduardo Joaquim Baptista Filho e a professora Adalzira Noronha Fontes,   que foram muito atuantes,  não só comparecendo às sessões, mas também ajudando na confecção de legendas de fotos e na divulgação, casaram-se,  em 29 de janeiro de 1967,  num dia chuvoso de um período em que a Cidade sofria com a falta de energia elétrica, inclusive de elevadores que ficaram paralisados em toda  a  cidade por  muito  tempo.
        O Civil foi realizado na nossa residência. No escritório,  o  juiz  Mauro  Junqueira  Bastos  se dirige aos noivos e demais presentes. Ele  estava acompanhado da escrivã,  Sra. Maria Leda de Oliveira Ferreira e de seu marido, leiloeiro Paulo Brame, não vistos nas fotos.





Na última foto abaixo, é visto o crítico literário Agrippino Grieco fazendo um brinde, junto do bolo, ao centro de um semicírculo em que aparecem os amigos João Baptista de Mattos, Ney Rangel Pacheco,  Venâncio Igrejas,  Moacyr Orsini de Castro, Silvano de Brito e Ariosto Berna.
        

Lateralmente, têm-se fotos do ato religioso, realizado na Igreja de São Francisco de Paula,  no Largo de São Francisco. Parte de quantos compareceram, vendo-se o jornalista Mário Martins (ex-senador cassado, por fazer oposição ao Governo) e o pintor Armando Martins Vianna, entre outros não menos estimados amigos.
Uma visão de quanto a Igreja ficou lotada.




Os avós maternos da Adalzira (doutor Dario Noronha e Sra. Adalzira Braga Noronha), à esquerda, e,  na última, o casal ao deixar o Altar






Depois de uma linda celebração oficiada pelo extraordinário padre José Quadra - um inesquecível sacerdote exemplo - que fez questão de celebrar o importante Ato. Foi um dos maiores  oradores  de  sua  contemporaneidade.
Infelizmente, meus preciosos pais, Alredo Ilhas Fontes e Philomena Lago Fontes, já haviam deixado a vida terrena, respectivamente, em 1962 e 1965.









IGREJA MATRIZ  NOSSA  SENHORA  DA  GLÓRIA DO LARGO DO MACHADO, inaugurada em 1872.

A foto abaixo é de 1902. Um açougueiro – ali estabelecido – de nome Machado, à sua revelia, lhe deu o nome de maneira tão profunda que outros nomes mais nobres, como a partir de 1889 o de Duque de Caxias não desfizeram aquele.  



   Da Praça José de Alencar - onde ao centro está o homenageado, brilhante cearense, romancista, dramaturgo, jornalista e político - por cima do telhado de várias casas é vista a magnitude do templo. 







BASÍLICA IMACULADA DA CONCEIÇÃO, na Praia de Botafogo, 266, tendo ao lado o Colégio Imaculada Conceição. Foi erguida em 1892 e seu estilo é gótico.



Igreja e Colégio nos levam a rememorar uma criatura fantástica que se chamava Carmem Jabour e que, aos 17 anos de idade, bem afeiçoada, largou a fortuna da família e a sociabilidade para se dedicar à vida religiosa e à benemerência. Tomou o nome de Irmã Zoé e, ao longo dos anos, tornou-se conhecida como Irmã Zoé do Rio de Janeiro. Em 1991, por indicação da Associação Brasileira da Ordem de Malta, o nome da Irmã Zoé foi levado ao Santíssimo Papa, sendo escolhido, por unanimidade, entre 503 concorrentes de todo o mundo, diante de um júri composto de 93 países. Coube-lhe o Prêmio Internacional da Ordem de Malta para a Dignidade da Velhice. No dia 30 de janeiro de 1992, numa bela festa, a aludida Associação prestou-lhe a merecida homenagem. À esquerda da Irmã Zoé, estão o presidente Prof. Pietro de Vita, o chanceler Dr. Sylvestre Gonçalves da Silva e o Prof. Dr. Jorge Marsillac, orador oficial e, à direita da homenageada, a Sra. Neusa Goulart Brizola, representando seu marido governador Leonel de Moura Brizola, e duas irmãs da Associação São Vicente de Paulo, a da ponta diretora do Colégio. A Irmã Zoé faleceu aos 84 anos, no dia 15 de maio de 2000.     


“Le Lac”, chamavam-lhe os franceses de Villegaignon.
Depois, a sesmaria de Francisco Velho, - o mordomo da confraria de São Sebastião, - trocou-lhe o nome. Mas, de seu sucessor – o guerreiro João de Souza Botafogo - marcou definitivamente o nome deste belo pedaço como Botafogo. 




A pequena faixa verde do passado, entre o azul das águas e a montanha, passou a se tingir pela caiação das casas.



Botafogo: Aprazível lugar preferido para  repouso de gente rica. À medida que ganhou largueza no sentido do mar perdeu a tranquilidade do silêncio.

Botafogo: Não só as construções, mas os belos jardins dariam complemento à beleza daquela enseada. Assim pensou o prefeito Pereira Passos, na Presidência do Dr. Rodrigues Alves.




IGREJA DE SÃO JUDAS TADEU, na rua Cosme Velho, padroeiro das causas impossíveis.
É  uma obra  extraordinária do inesquecível padre Luiz Gonzaga de Campos Góes.  Eu fui visitá-lo, durante a construção do templo, na Casa Paroquial. Fiquei  impressionado com  sua simplicidade e  seu  elevado espírito caritativo. Revelou um  profundo conhecimento de teologia, a  par de uma cultura  diversificada, demonstrando enorme grau de humildade.
Fotografei a maquete,  que não foi modificada  em nada em  relação  ao final  da  obra.  Na capela,  à  direita  da construção, casaram-se os doutores Sylvestre Gonçalves e  Ilka Scarano da Silva  e  a  eles  ofereci  a  foto  da  mesma,  hoje  não  mais  existente.
Substituiu o padre Góes o saudoso  monsenhor  Francisco Bessa, de quem me tornei admirador  e amigo  desde a  época da construção do Monumento a São Sebastião. Sacerdote de temperamento reservado e firme;  pareceu-me certo para  as funções que exercera: secretário para assuntos religiosos,  primeiramente de Dom Jaime e depois de  Dom Eugenio, até ser o pároco da Igreja de São Judas Tadeu,  para substituir o padre Góes.







      O padre Góes -  que nasceu em 1º de novembro de 1904 e faleceu em 10 de julho de 1975 - no Jubileu de Fundação da Paróquia, 1945 - 1995,  numa homenagem do Clube de Regatas Flamengo, recebeu uma herma, na Praça Padre Góes, na parte  posterior  da  Igreja.     











Ao apresentar a Igreja dedicada a esse Santo das causas difíceis, não posso deixar de relembrar minha saudosa irmã, Maria de Lourdes Fontes Santos, que a cada dia 28 de outubro se deslocava do Engenho de Dentro ao Templo do Cosme Velho e, igualmente, o Casal Cel. Renato Ribeiro da Silva e Sra. Célia, que muito trabalhou por suas Obras Sociais.




Capela de Nossa Senhora da Luz, no Alto da Boa Vista, contrastando seu estilo agradável com as matas da Tijuca, vem do século retrasado (1883) a sua construção, iniciativa do senhor Barnabé Vaz de Carvalhais, proprietário da Chácara da Luz, que não chegou a inaugurá-la por haver morrido na França. Por Testamento passou para a União, tendo ficado abandonada de 1901 a 1903 e depois concluída pela Irmandade que foi extinta em 1926. A Liga Católica manteve o culto até 1940, quando foi designada MATRIZ DO ALTO. Em 1943 passou a pertencer à MITRA.





Capela Mayrink, situada na Floresta da Tijuca, no caminho dos picos da Tijuca e do Papagaio, no Largo Mayrink à pouca distância da Cascatinha. Comemorou seu centenário a 21 de agosto de 1960. Reformada pela Prefeitura do então Distrito Federal na Administração do Dr. Henrique Dodsworth, na época em que a remodelação da Floresta estava a cargo do Dr. Raymundo de Castro Maya. As pinturas do altar são do mestre Cândido Portinari. A árvore que está atrás e à direita da torre do sino foi plantada no dia 11 de agosto de 1894, p0elos funcionários da Floresta da Tijuca, como homenagem a seu diretor Conselheiro Luiz Pereira de Magalhães Castro, na hora do casamento de sua filha D. Maria Joaquina com o Prof. Francisco Pinheiro Guimarães.




Igreja de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, no Cachambi.
Foi construída em 1931, ano da inauguração do Monumento ao Cristo Redentor. Está localizada no Largo em que se encontram as ruas Aristides Caire e Ferreira de Andrade.
Seu pároco é o Pe. Jorge André.
Dois dos fieis do simpático Templo são o  poeta, compositor e Coordenador do Terço  da Libertação, Jacob Abrahão Chain, e a luminar cantora Ângela Dadalti,  
Meu amigo Jacob já havia feito um grande trabalho a respeito de São Sebastião.




Igreja do Senhor do Bonfim e Nossa Senhora do Paraíso, em São Cristóvão, ao longo da Av. Brasil. A foto que fora escaneada possui dedicatória do saudoso Dr. Florêncio Santos, em 1976. Melucha e eu somos irmãos de sua Irmandade, por convite de seu provedor Dr. Silvano Octávio de Brito, que antecedeu o Sr. Carlos Fidalgo.




Igreja de São Francisco Xavier, na rua de mesmo nome. Fora fundada, em 1625, pelo Pe. José de Anchieta. Reconstruída, em 1805, pelo Pe. Agostinho F. Bessani. O Duque de Caxias fora seu paroquiano; nela possuiu um Altar de Campanha. 
      

As Igrejas de Nossa Senhora do Loreto, padroeira dos aviadores, e de Nossa Senhora da Penna, padroeira  dos  escritores, estão em área saudável e simpática de Jacarepaguá.                                                        

Ambas são  um mimo da arte colonial, a  do Loreto revestida de ouro nas paredes internas, nas cornijas e nos emolduramentos, preciosidades que,  por muitos anos,  foram ignoradas, devido a muitas demãos de tinta sobre aquele metal, dadas para  evitar  o saque por parte dos franceses nas invasões de 1710 e 1711, respectivamente, de e Duclerc e de  Duguay-Trouin. Lembra-nos a lamparina que, no frontispício do Convento de Santo Antônio, ininterruptamente,  é  mantida acesa  como agradecimento pela  expulsão  dos  invasores  e  como  proteção. 



Contíguo à Igreja Nossa Senhora do Loreto, em área um pouco abaixo, estava sendo erguido o Loretão. Foto de 1960, como é a quase totalidade das fotos de minha autoria e no mesmo ano.   


Em 1960 tentei subir com o meu Morris Oxford à Igreja da Pena. Faltavam poucos metros quando o carro “morreu”. Do lado direito era o barranco com um canalete para o escoamento da água em dias de chuva; do esquerdo era abismo. Eu levava meu saudoso pai, Melucha, as crianças e minha irmã Lourdes. Mesmo mantendo o pé no freio, e o de mão puxado, com a porta aberta, na tentativa de conseguir uma pedra, embaraçado virei toda a direção para a direita a fim de firmar a parte traseira do carro no paredão. Fiquei com a perna debaixo do carro. Foi chamado o Socorro do Automóvel Clube do Brasil (em seus áureos tempos) para tirar o veículo. Eu fui levado para a Igreja N. Sra. do Loreto, sem fratura mas a perna  parecendo estar com elefantíase. As dores eram fortes. Mesmo assim, pude observar a restauração dos dourados nos altares.    


Igreja Nossa Senhora do Loreto (de estilo barroco), junto do caminho de acesso ao Outeiro onde está a Igreja de Nossa Senhora da Pena. Três anos após (1664) a criação da freguesia de Jacarepaguá, em março de 1661, em terras doadas por Francisco de Aragão, foi levantado o templo.
A Igreja que se acha no cume do penhasco é a que está em foto abaixo e da qual tenho a honra de pertencer à sua Irmandade. Certa ocasião, quando eu colaborava com o ”Diário de Notícias”, escrevi quase meia página sobre a história de Jacarepaguá. Ao chegar à Casa, Melucha, entregou-me um convite, informando-me que um senhor, simpático, baixo, de cabeça branca, chamado doutor Álvaro Drolhe da Costa, tesoureiro, fora pessoalmente me convocar para, em meio a um almoço no domingo seguinte, receber o Título de Irmão.  
Esta é a Igreja N. Sra, da Pena, Padroeira da Imprensa, das Artes e das Ciências que está no cume do pitoresco monte. De estilo colonial, foi construída, presumivelmente, em 1664, pelo Pe. Manuel de Araújo e restaurada, em meados de 1770, por José Rodrigues de Aragão.


 Conforme registrei acima, embora com o impacto do trauma, enquanto permaneci  na Igreja do Loreto, observei a restauração que estava sendo feita. Isto em 1961.



Remanso final dos que arriscaram a vida pela Pátria. Asilo dos Inválidos da Pátria (inaugurado em 29 / 07/ 1868). Na, então, Ilha de Bom Jesus, hoje numa área de 246.984 m2, parte da Ilha da Cidade Universitária, resultante da interligação de nove ilhas, abriga os pavilhões remanescentes deste Asilo, concretização do sonho de Caxias – amparar os impossibilitados de trabalhar, principalmente para os que adquiriram lesões.


Igreja de Bom Jesus, no alto de uma colina, voltada para o interior da baía, foi construída, em 1705, pelos frades franciscanos na então ilha, anteriormente, de propriedade  de D. Inês de Andrade Menezes, viúva do Cap. Francisco Teles Barreto de Menezes, juiz de órfãos. Sua história é fértil. Encontramos em seu interior, entalhada em madeira, uma imagem de Sant´Ana trazida de Humaitá. Nela estiveram sepultados, provisoriamente, Osório, patrono da Cavalaria e Sampaio, patrono da Infantaria.
Ela só é vista pelas pessoas que se dirigem de embarcação a Paquetá.       

As NOVE ilhas que constituíam a ILHA DA CIDADE UNIVERSITÁRA pela interligação sucessiva de aterros, conforme o Decreto nº 47.535, de 29 de dezembro de1959, do Presidente Juscelino Kubitschek, eram: Fundão (a maior, por isto predomina o nome até hoje), Cabras, Baiacu, Catalão, Pindaí Grande, do França, Pindaí Pequeno, Sapucaia e Pinheiros.
A par da localização da então Fundão, aí ficou o canteiro de obras e foi edificado o, inicialmente, chamado Hospital de Puericultura, hoje Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ, de grande projeção.    
                                                                                                                                                                            
  A foto abaixo é de 1959, quando Piraúna (Nylton Filho), o  personagem de UM NORTISTA NO RIO DE JANEIRO, esteve em visita no local.          
           


A  IGREJA  QUE  DEU  O  MOME  AO  MAJESTOSO  BAIRRO

O Forte de Copacabana foi construído, em 1908, sobre um promontório e, para sua expansão, houve necessidade de sua demolição, em 1918, sendo a Mitra indenizada em C$80.000,00.



 IGREJA DE SANTA RITA. A fé de uma família de fidalgos portugueses a Santa Rita de Cássia, e aqui chegada antes de 1710, propiciou a devoção a seus vizinhos e amigos. Em 1721 surgia a igreja.

                                                                                                                     

CONVENTO DE SANTO ANTÔNIO (no Largo da Carioca)

         Sua pedra fundamental data de 4 de junho de 1608.
Frei Francisco de Monte Alverne ou Francisco Mont`Alverne, aos 17 anos  ingressava  na Ordem Franciscana. Foi um luminar na invejável  erudição. 



Outra visão parcial do Convento de Santo Antônio, vendo-se grande parte do Largo da Carioca no entroncamento das ruas da Carioca, Assembleia e Uruguaiana, em foto de 07 / 05/ 1907, M. Campos.  
Primitivamente, havia a Lagoa de Santo Antônio que se estendia da Cinelândia ao Largo da Carioca.  


Paróquia Santa Teresinha, de Botafogo. Pároco: Pe. Dr. Abílio Soares Vasconcellos.
Fica nas proximidades do Túnel a Copacabana



                                                                                                                  
Igreja de Sant´Anna, São Benedito e São Salvador, em São Cristóvão.

Construída por D. Pedro II, junto da Quinta da Boa Vista, sobre um platô, voltada para a rua Pedro de Paiva, dominando uma visão de grande parte do bairro e da Baía de Guanabara. Missa somente aos domingos, às 12 horas, até então, celebrada pelo capelão do Corpo de Bombeiros.


SÃO CONRADO, vendo-se a Igreja quando o mar ainda banhava seu adro, em 22 de setembro de 1950.  Foto do S.G.E., Setor de Cinema.






A mesma Igreja, isto é, de São Conrado, em foto de minha autoria, em 1960, registra minha mulher e meus filhos, numa parada para tomarmos água de coco, da mesma forma que passageiros de ônibus e de outros veículos o faziam também.
O Atlântico foi distanciado pelos aterros e, em seu lugar, estão luxuosos edifícios.   

   

     

IGREJA DE SÃO CAMILLO DE LÉLLIS


Está localizada na Estrada Velha da Tijuca, 45. Os padres camelianos, vindos de São Paulo, chegaram ao Rio de Janeiro em 1942. Em 1944, os padres João Grimas e José Bet se separaram da congregação italiana, e conseguiram essa área na Tijuca. Em 18 de novembro de 1956, foi lançada a pedra fundamental da igreja. Em 18 de julho de 1960, D. Hélder Câmara celebrou missa solene entregando, oficialmente, o Templo aos fieis.   



Igreja São José

Situada entre o Palácio Tiradentes, que abriga a Assembleia Legislativa, e o Edifício Estácio de Sá, cuja frente fica voltada para o Tribunal de Justiça do Estado. A foto foi feita antes da construção da Rodoviária Menezes Cortes.
Numa visão antiga, localizada na rua da Misericórdiaesquina da rua São José, a Igreja de São José, teve início com uma pequena ermida, construída de pau e barro, de cobertura modesta, onde o povo da Cidade venerava o Patriarca São José. Situada num ponto bem acessível, não demorou muito para crescer. Fica ao lado do Palácio Tiradentes que abriga a Assembleia Legislativa do Estado. Pelos registros históricos, não há dúvida de que o culto ali vem de 1608.


Outra certeza é a de que as tropas de Duguay-Trouin  em 1711 a saquearam impiedosamente.


IGREJA  DE  SANTA  LUZIA

 Foi uma iniciativa, em 1592, de  pescadores,  à  beira  da  antiga  Praia  de  Piassaba  ou  Piassava,  a  atual  Rua Santa  Luzia.


Hoje essa área é a Esplanada do Castelo


Capela da antiga Escola de Aeronáutica


Em foto de 1959 em Campo dos Afonsos, mas no 1º ano já se encontrava em Pirassununga.


 Paróquia Nossa Senhora da Apresentação

Localizada na praça do mesmo nome, em Irajá, ao lado do Cemitério. No dia 14 de agosto de 1994, o cardeal  dom Eugênio de Araujo Sales celebrou missa solene comemorativa dos 350 anos de consagração da Paróquia. A missa foi concelebrada pelo vigário episcopal, monsenhor Gilson; pelo diácono Henrique, pelos padres Jean (responsável pela paróquia), André e Cristóvão. Dom Eugênio fez linda pregação para os mais de 500 fieis que lá se encontravam.

Igreja de Nossa Senhora da Penha

Localizada no alto do rochedo, atingida pelos trezentos e sessenta e cinco degraus. Lembro-me que há muitos anos, pelo pagamento de uma promessa, subi de  joelhos toda essa escadaria.

A foto é  do jovem Thiago Rodrigues.



Ao derredor, a extensa área servia para que os devotos, a par de seu ato de fé, fizessem piqueniques. É visto um bebedouro, de duas torneiras.
Hoje, aos 90 anos, lembro-me que na minha juventude era residente na rua José dos Reis, Engenho de Dentro, e via caminhões, enfeitados, com grupos familiares, destinados à Festa da Penha. Milhares e milhares de fieis se espalhavam em torno da extensa área vista e não vista. A construção do primitivo  templo é de 1635, por iniciativa do capitão português Baltazar de Abreu Cardoso, homem abastado, proprietário de enorme área, dentro da qual se encontrava o penhasco.



Igreja de São Cristovão

Outrora à beira-mar. Não se conhece ao certo sua idade. Sabe-se que em 1627 já existia em terras de propriedade dos jesuítas. Só no fim do século XIX tomou a feição que apresenta. Entre seus devotos se encontrava a Marquesa de Santos. Muitos membros da Família Imperial várias vezes foram vistos neste templo.  


Igreja de São Gonçalo Garcia e São Jorge

Situada na rua da Alfândega, esquina da Praça de República.


Paróquia Santa Margarida Maria, na rua Frei Solano, 23, às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas. Seu  pároco é o Padre Manuel de Oliveira Manangão. A Igreja fornece meios aos jovens carentes da comunidade paroquial para terem acesso ao ensino superior.
A rua detrás é a Fonte da Saudade, que me faz lembrar da época em que eu era jovem e frequentava a casa de um de seus ilustres moradores, compadre de meu saudoso Pai, o ministro Presidente do Supremo Tribunal Federal, quando a Capital Federal era no Rio e, posteriormente, quando compareci a alguns casamentos celebrados pelo jesuíta Padre Francisco Leme Lopes, um dos meus saudosos amigos, professor na PUC. Era considerado o Padre Casamenteiro.

TABERNÁCULO  DA  CIÊNCIA  EM  LUGAR  DA  CATEDRAL

A foto da Igreja do Rosário me  traz  grandes  recordações,  pois eu  passei  a  frequentá-la desde 1960,  mais assiduamente, devido aos trabalhos da comissão (eu era o secretário-geral e,  pela necessidade, a cada quinta-feira, ao entrar a noite, nos reuníamos no Consistório)  que  entregou à Cidade o monumento a São Sebastião, ao final do  interregno  de 20 de janeiro de 1962 a 1965. No consistório esteve o Senado da Câmara e foi neste que, no dia  9  de janeiro de 1822,  foi  redigido  o Manifesto, que obteve 8.000 assinaturas, a  D. Pedro pedindo-lhe que  permanecesse no Brasil, no que resultou  na célebre resposta: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou pronto;  digo ao povo que fico!”
Depois de sua reconstrução, após o sinistro de 1967,  o Instituto dos  Centenários  nela  tem sua sede, sem que ela nunca tenha nos cobrado. É como se, a  par  de sua finalidade religiosa, ela faça  civismo  também.    
 Quanto à Catedral, principalmente, o ideal é que, futuramente, tivesse sua sede própria.
Reunidos o Bispo, o governador  Gomes Freire de Andrade e o brigadeiro José Fernandes Pinto Alpoim (o construtor da Casa dos Governadores) foi destinada a  área do Largo da Sé Nova (depois de São Francisco) à Catedral, chegando a receber a bênção por parte do Bispo e lançada a pedra fundamental, em 20  de janeiro de 1749, com a praça engalanada  e banda de música.  As obras do templo, que seria suntuoso, foram iniciadas,  mas, em 1752, interrompidas  pela necessidade  do  numerário ser aplicado em outros  fins. O governador Gomes Freire de Andrade (de 1733 a 1763), contrariando seu dinamismo e seu propósito cristão, não pôde impedir que, mesmo depois de recomeçada, pela segunda vez, a obra não fosse realizada. A Catedral continuava  na  Igreja  N. Sra. do Rosário.

Não era o destino dela ficar no Largo de São Francisco. O edifício foi transformado para nele funcionar o “Tabernáculo da Ciência”, onde nasceram, em 1810, as  Escolas de  Engenharia  e  Militar.                                     


Na  sua  fase  inicial  ele  era  chamado,  também,  de  Edifício  da  Sé.
A título de  curiosidade, aqui está uma foto da Escola Politécnica, numa segunda fase:


Em relação à Catedral, foi  ela  ocupar  a  Capela Real, depois Imperial, ao lado  da  Igreja  Nossa Senhora do Carmo, na Praça XV, sempre na expectativa de conseguir  seu  edifício  definitivo.


CATEDRAL  METROPOLITANA  DE  SÃO  SEBASTIÃO  

Dom  Jaime de Barros Câmara,  afinal,  conseguiu parte da  extensa área da esplanada de Santo Antonio para a construção definitiva da Catedral Metropolitana, ou,  de  São  Sebastião.
No dia 20 de janeiro de 1964, muitos de nós, da Comissão construtora do Monumento Altar ao Padroeiro da Cidade, convidados por sua eminência o senhor Cardeal-Arcebispo, para a bênção do terreno e lançamento da pedra fundamental, compareceram.  Eu, muito interessado em documentar o importante fato, fiz acima de duas dezenas de fotos. Aqui, reproduzo algumas. Ao chegarmos, dirigimo-nos  ao local em que se encontrava  a  maquete,  que acabou sendo modificada. Veem-se os amigos:  professor  Sylvio Salema Garção Ribeiro, mais à direita,  comendador Antônio Cid Lopes, um amigo do professor  Nelson Costa, o  próprio,   professor e líder católico Eurípedes Cardoso de Menezes,  professor Ariosto Berna e senador Gilberto Marinho,  tendo à direita um seu amigo. Fiz a foto inclusive porque quase todos eram meus amigos.        

A  seguir, fomos cumprimentar  e  parabenizar  Dom  Jaime.




Dom Jaime percorria o local, espargindo água benta sobre a massa de fiéis, enquanto monsenhor Francisco Bessa, mais adiante e à direita, levava o aspersório. 
Dois excelentes amigos, o Revmo. Mons. Francisco Bessa, saudoso, e o professor Eurípedes Cardoso de Menezes,  antes um pouco do lançamento da pedra fundamental,  palestravam.  

Uma segunda maquete superou a que é vista acima
O RIO DE JANEIRO ganhou, em definitivo, sua CATEDRAL:












Essa foto também de minha autoria,  publicada, em  1965, com minha autorização, no livro “Viagem Pitoresca ao Velho e ao Novo Rio”, representa o momento, antes do lançamento da pedra fundamental, em que irmandades e católicos isoladamente fizeram o grande círculo numa demonstração de fé e de união.












































                                                                                             
   


                                                                                 



























            IGREJA  NOSSA  SENHORA  DA  CONCEIÇÃO, na rua Conde  de  Bonfim, Tijuca. Em 1943, quando o Mons. José Joaquim Lucas assumiu a Paróquia proceder a reforma, que foi concluída em 1950.
Monsenhor Lucas, como no dia a dia era chamado, era um extraordinário professor de Latim. Lecionava a matéria no Ginásio Vera Cruz, onde fui seu aluno.

































IGREJA  DE  SÃO  PEDRO, no Encantado, inaugurada em 11 de fevereiro 1931, fotografada por mim,  no início dos anos sessenta. Por já ser pequena para atender ao considerável número de fiéis e pela carência de espaço, o padre Isidro Castro Trejo havia comprado em 1960, dois lotes de terreno do lado oposto, na rua General Clarindo, nº 632,  e iniciou a obra de uma segunda igreja.
Por volta de 1975, tive a honra de conhecer o padre doutor Abílio Soares  de Vasconcelos, um  sacerdote de excelentes qualidades religiosas e culturais.
Em 14 de novembro de 1982, assumiu a Paróquia o  padre José Maria Cordeiro, um dedicadíssimo Sacerdote. Melucha e eu nela assistimos a muitas missas.



A 19 de julho de 1997, fui à antiga Igreja, que se encontra fechada há anos - segundo a distinta senhora Dalva Silva de Azevedo, que há aproximadamente três décadas, desde a outra Igreja, ali se encontra coadjuvando o padre José Maria - visitando a nova Igreja, ampla e demonstrando um dinâmico funcionamento.           
Fotografei  a fachada e o interior, ficando impressionado com a amplitude e com a originalidade do Altar-mor. Mas, acima disto, a rememoração das palavras de  JESUS  tocaram-me o coração: “Simão, Tu  és  Pedro e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja.

Te  darei  as  chaves  do  Reino”

                         

                            
  (Da tela, a cores, do artista  Martinelli.)


O milagroso São Pedro, comemorado no dia 29 de junho, encerrando a série dos três santos festejados no período das chamadas festas juninas, leva-me a rememorar uma saudosa fase de minha juventude.


MEUS  PAIS  E  UMA  TRADICIONAL  FESTA  DE  SÃO  PEDRO
Meus pais não dispunham de nenhuma fortuna material, ricos na moral, mas eram proprietários de uns imóveis, por herança e pela luta do dia a dia, inclusive duas pedreiras por explorar, e mais uma razoável área lá pelas bandas da Água Mineral Santa Cruz, onde começava estreita estrada que se dirigia, morro acima, até o “barracão dos presos”,  num platô em que existia o presídio, todo de madeira, para os condenados, já em fim de pena. Muitas vezes, meus pais, meus irmãos e eu, às vezes, com amigos, subimos até alcançar a Estrada da Covanca. Caminhávamos um bom percurso ao encontro do bonde que nos levava a Cascadura. Depois de 1946, o grupo aumentou com a minha mulher, cunhados e  rebentos.
 Na véspera da festa dedicada a São Pedro, que todos os anos realizávamos, meu pai encomendava a amigos daquele sítio sacos de laranjas, tangerinas, batata doce e aipim, que aumentavam a fartura da festa. Meus pais não mediam esforços para que ela atingisse a maior alegria possível. Praticamente, cerca de cem balões, de tamanhos os mais diversos, eram confeccionados ao longo do ano. Muitas resmas de papel fino eram compradas. Um caminhão com toras de madeira chegava cedo, para a montagem da enorme fogueira. Dois daqueles ilhéus amigos iam, exclusivamente, para tomar conta do que era assado na fogueira. Com grandes bambus se desempenhavam satisfatoriamente. Era habitual o Sr. “João da Cabeça-Branca” ficar a noite toda a soltar “foguetões” de lágrimas. Havia um grupo destacado para soltar balões, um atrás do outro, alguns de cem ou mais folhas. Não havia proibição. Em certas noites de junho, apanhávamos em nosso quintal de oito a dez, muitos com lanterninhas. O céu ficava colorido. Nos dias de Santo Antônio, de São João e de São Pedro, em quase todas as ruas suburbanas, havia festas, com fogueiras, bandeirinhas, fogos e muita alegria. Ótimas festas eram aquelas.
Mais ou menos nas décadas trinta e quarenta, as pedreiras foram vendidas a dois criadores de suínos que passaram a explorá-las e, quanto ao terreno, foi negociado com uma empresa.
Ainda há dias, por telefone, conversei com a minha comadre Matilde, que residira próximo ao barracão dos presos, e ela lembrou-se de quando, várias vezes, eu ofereci meu braço para ela aprender a aplicar injeção nas pessoas da família e nos vizinhos,  pela longa distância com qualquer farmácia. 
Uma considerável  quantidade de devotos de São Pedro, na qual estão incluídos os pescadores,  promove procissão marítima. Barcos de vários tamanhos são artisticamente decorados e há um ritual que desperta interesse não só dos que vivem daquela  atividade mas de outros proprietários de barcos e de lanchas que são contagiados pela fé em São Pedro e pela alegria dos ocupantes das embarcações que disputam prêmios os mais diversos, dentro da programação.
Nunca tive oportunidade de participar de festa dessa natureza, limitando-me somente a ler reportagens feitas pela imprensa. Acredito que a sensação dos partícipes de um evento assim seja muito emocionante e, até, inesquecível.
  


IGREJA  DE  NOSSA  SENHORA DA AJUDA, na Freguesia, Ilha do  Governador, onde recebi o batismo, na época em que o único acesso a essa maior ilha da  Baía de Guanabara era pelo mar e o transporte interno era o bonde,  com   o percurso da  Ribeira, onde atracavam as barcas e partiam os bondinhos que passavam na porta da igreja. Em  todo o trajeto tínhamos memoráveis paisagens. Tenho saudade dos felizes momentos de minha meninice, de uma praia sem poluição, das missas assistidas com meus pais, das  peladas na praça e de outras brincadeiras que em nossos dias não vemos mais os meninos terem a mesma emoção. Não posso esquecer que já na adolescência, quando o Corpo de Fuzileiros Navais ainda não havia construído sua Unidade na Praia do Bananal , sem nenhum perigo, propiciava passeio de famílias pela extensa área. Meu padrinho de batismo, João Marques, e meu pai,
passeio de famílias pela extensa área. Meu padrinho de batismo, João Marques (de óculos e suéter) , e meu pai, Alfredo Ilhas Fontes, nascidos no final do século retrasado), respectivamente, em Portugal e em Porto das Caixas, quando chegaram à ilha, plantaram as amendoeiras ao longo da praia da Guanabara, hoje frondosas ou, algumas talvez, já substituídas.
Na  primeira década do século XVIII, chegou àquele recanto gostoso a devoção a Nossa  Senhora da Ajuda, sem que se possa precisar o dia da primeira missa, podendo-se afirmar que, em 1710, a Igreja estava entregue ao público. Ocorre que,  à semelhança  das mutações atmosféricas,  as criaturas e as instituições são passíveis de desgaste e o templo sofreu fragmentação. Foi  reconstruída em 1743 e, em 1755, foi confirmada por alvará.    
Durante, praticamente, 128 anos, com os reparos necessários pelos inevitáveis estragos, ele cumpriu sua finalidade. Sem que se saiba exatamente a causa, em 1871,  foi destruída por um incêndio. Em 1898, com o aproveitamento das paredes, o Barão de Capanema arcou com a responsabilidade de reergue-la,  sendo concluído em 1900.
Quando fiz essa foto, no início da década 60,  percebi que a igreja já se encontrava necessitando de obras, chegando, mais adiante, em 1976, a fechar suas portas,  enquanto já se achava em  construção,  à esquerda,  a  nova  Igreja Matriz - que foi inaugurada, em 23 de novembro de 1981,  pelo padre Clemente Etgeton.
Em fevereiro de 1990, a  antiga  igreja, com o nome de Santuário de Nossa Senhora da Ajuda foi reaberta e  até hoje, permanece entregue aos fiéis e visitantes. O dia 05 de agosto é a data a ela dedicada, com uma majestosa festa.
O atual pároco é o padre Celso Sehn.         
 Alegra-me o fato de saber que minha comadre Matilde Braz de Souza, mãe de meu afilhado Milton de Abreu Campanário e das  filhas Marlene e Filomena Braz Soares, esta com as então meninas Jacqueline e Alessandra, fizeram a 1ª Comunhão nessa Igreja em que eu fui batizado. As duas, hoje, são casadas e com os sobrenomes dos maridos, respectivamente, Barroso e Rodrigues.  A amizade com a  família, que vem de tempos remotos, serve de um tênue elo com a minha infância e adolescência. Reside justamente num edifício construído mais  ou menos no lugar em que meus pais e nós, filhos, passávamos longos períodos. Como era gostoso chegar-se à praia, cedo, vendo-se a água cristalina e ouvir-se o “chuá” de suave movimento das ondas. Uns poucos barcos chegavam à praia com o pescado da madrugada, algumas espécies ainda saltitantes.
Pescar de caniço, da antiga ponte da fábrica de formicida, que se estendia uns vinte metros mar a dentro, com um enorme guindaste ao final, era um outro atrativo.

   Como um guardião do hoje Santuário está, em herma sobre um pedestal de granito, o engenheiro geógrafo, jornalista e romancista  Lima Barreto. Carioca, de imenso talento, muito amou a Ilha do Governador. Escreveu em grandes jornais e revistas da época e deixou inúmeros romances publicados.

Lembrando-me de minha querida mãe, que fizera a promessa de que se a barca, em que meus pais, minhas quatro  irmãzinhas e eu, dias depois de chegar ao planeta,  não afundasse, pois havia sofrido um acidente e em meio à travessia da baía,  meu batizado seria na Igreja Nossa Senhora da Ajuda,  aliada ao fato de que ela tinha enorme devoção aos dois Santos gêmeos, Cosme e Damião.










IGREJA  A  SÃO  COSME  E  A  SÃO  DAMIÃO


De origem árabe, convertidos ao Cristianismo,  passaram a difundir a doutrina entre os pagãos e dedicaram-se à medicina e de uma forma especial às crianças. Extremamente caridosos, nada cobravam pelas surpreendentes curas que realizavam  sem uso de remédios e da prática de magia. Usando a fé, a sabedoria e a  modéstia, conseguiam curar os males do corpo e da alma, chamando a atenção dos imperadores  Diocleciano e Maximiano que os perseguiram. No ano 286, no dia 27 de setembro, os milagrosos irmãos foram martirizados, data que foi consagrada aos gêmeos que ganharam o altar e se tornaram o ponto alto de uma das festas mais populares, sobretudo do Rio de Janeiro. Esse culto foi trazido para o Brasil por Duarte Coelho, donatário de Pernambuco, onde mandou levantar uma capela dedicada a eles, mas o culto no Rio de Janeiro era praticado em capelas particulares e na igreja da Misericórdia, antecipando a IGREJA MATRIZ DE SÃO COSME E SÃO DAMIÃO,  na  rua Leopoldo, no Andaraí. Sobretudo naquela data, 27 de setembro,  fica  o dia todo lotada de fiéis que acorrem dos mais diferentes bairros. Numa capela, no local, o padre Olivério Kramer - que hoje dá o nome a um conceituado hospital - foi o pioneiro na comunidade. Tomou posse, em 25 de abril de 1944 e, em setembro do mesmo ano, já estava à frente da grande festa.
Eu  tive oportunidade de, durante alguns anos, ir  à missa no dia desse padroeiro e em  certos domingos também. A dedicação do padre Kramer era admirável. Sobretudo seus paroquianos, quando ele faleceu, entristeceram. Eu participei de sua missa de corpo presente. O templo ficou superlotado. Ele era muito querido.
Há quatro anos,  o padre Gino Serafim, com muita inteligência e alta sabedoria, continua essa importante causa da Igreja.     
Tornou-se tradição os devotos distribuírem doces e balas às crianças, mas atrás delas vão não só as mães, mas outros familiares ávidos pelos pacotinhos dessas guloseimas e até brinquedos e, para os mais pobres, sapatos e roupas. Algumas famílias reúnem crianças em torno à mesa. Esses costumes, paralelamente, motivaram o crescimento de indústrias correlatas. Minha mãe (que deixou a vida terrena em janeiro de 1962) - com o apoio de meu pai - distribuía, todos os anos, nas décadas 40 e 50, mil saquinhos de doces para as crianças em geral, roupas e sapatos para às menos favorecidas, reunindo-as no quintal, ornamentado, enquanto era servido refrigerantes a todos. Eu mesmo, de maneira mais modesta, dou prosseguimento àquela prática.      



 Os então meninos e meninas, hoje adultos, que no Engenho de Dentro participaram das belas festas, devem lembrar-se daqueles momentos. Dona Philomena Lago e “seu” Alfredo Ilhas Fontes eram muito conhecidos  pelo espírito caritativo.











IGREJA DE SÃO BENEDITO, no Largo dos Pilares, na Av. D. Hélder Câmara













         





































                



         Igreja de Santa Terezinha do Menino Jesus, na rua Maris e Barros, quase defronte do Instituto de Educação.




















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IGREJA MATRIZ DO SAGRADO CORAÇÃO DE MARIA, na rua do mesmo nome, no Méier, cujo pároco atual é o Pe. Fernando Mazula. A linda Igreja, de tijolos vasados, foi inaugurada em 15 de setembro de 1908. Ela me trás grandes recordações, porque no dia 30 de março de 1946, Melucha e eu nela nos casamos, com a presença de meus inesquecíveis pais, Alfredo Ilhas Fontes e Philomena Lago Fontes e não menos saudosos sogros Dario Noronha e Adalzira Braga Noronha; meus irmãos Lourdes, Josefina, Zilda, Alfredo e Cecília e respectivos cônjuges, da mesma forma que os cunhados Dauro, Arnaldo, Therezinha e Josefina. O número de amigos foi grande, numa noite de luar. Graças a Deus, há dias comemoramos 66 anos de união feliz.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                  

                          






































       IGREJA DE SÃO JOAQUIM, hoje só nos registros históricos. 












































                












Um comentário:

  1. Prezado Sr. Nylton,

    Tomei a liberdade de copiar sua foto da Igreja de São Sebastião onde aparece um quarteirão da rua Dr. Satamini. Publiquei no grupo do facebook RIO COMPRIDO - Um Bairro de Presente, Passado e Futuro ?, link http://www.facebook.com/groups/196503143784235/. Ao publicar a foto informei os créditos e o link.

    Obrigada pelo lindo trabalho onde temos a oportunidade de observar imagens raras.

    Sheila Castello

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